Impotentes...

domingo, 3 de janeiro de 2016

Impotentes...


...Para recuperar da felicidade alheia. Para sobreviver à Macron. Para demonstrar que somos melhores.



Erros nossos, Má fortuna, Macron ardente.


Assim se explica e resume a derrota de hoje. Vamos por partes. 


Erros nossos

Falha de marcação inadmissível no primeiro golo. Segunda parte absolutamente abaixo do mínimo exigível a um líder do campeonato que se encontra em desvantagem no marcador. Não conseguimos. Houve empenho e vontade, mas não havia um bom plano para chegar ao golo. Demasiado inconsequentes e ingénuos, uma combinação fatal face a um adversário rafeiro, agora versado no jogo sujo da luta de rua, nos antípodas da nobreza de carácter (falida) de que a nação calimera tanto se orgulha(va). Goste-se ou não, Jorge Jesus dá sempre isto às suas equipas: a capacidade de jogar no limite e para além das regras do jogo. Faltas sujas, paragens cirúrgicas, provocações contínuas e jogo rasteiro. Tudo predicados do mestre da táctica. E com Capelas e Migueis Macrons, passa tudo.


Má fortuna

Num jogo em que entrámos razoavelmente bem, sofremos um golo vindo do nada (ou melhor, vindo de um erro defensivo primário) e não tivemos a sorte nem o engenho para concretizar por duas vezes isolados frente à Patrício (o da churrasqueira do campo grande). Num outro dia qualquer, poderíamos ter chegado ao intervalo a vencer. E tudo poderia ser diferente.


Macron ardente

 - Minuto 5, penálti claro por marcar a nosso favor;
 - Fora de jogo a Corona na linha de offside, quando o mexicano se isolava na cara do Patrício dos Frangos;
 - Vários amarelos evidentes por mostrar a Naldo, Slimani (duas vezes) e Adrien, só para mencionar os mais descarados;

Tudo isto na primeira parte. Suficiente para determinar o resultado final? Será sempre especulativo dizer que sim ou que não, mas o que é factual é que beneficiou largamente a equipa cujos equipamentos são da marca de que Hugo Miguel é vendedor. Sem extrapolações, apenas factos. A certa altura, o campo de Alvalade parecia a rampa da Falperra.


É golo! Ai não, não foi...


Notas DPcA:
 


Casillas (6): Sem culpa alguma nos golos, procurou repor rápido a bola em jogo e incentivar os companheiros. Nada a ver com ele este desaire. 

Maxi (5): Tentou remar contra a corrente, socorrendo-se da sua raça. Mas quase nunca o conseguiu, até porque a sabujice de JJ lhe dedicou especial atenção. 

Layún (5): Hoje não conseguiu ser eficiente nas várias bolas paradas de que dispôs, pelo que não se evidenciou. Foi cumprindo defensivamente, mas precisávamos de mais. 

Maicon (4): É fraco. E pouco esperto (para ser diplomático). Não tem qualidade para ser titular. Ponto. 

Martins Indi (5): Parece-me ter sido o segundo maior culpado no primeiro golo sofrido (o maior é aquele ridículo sistema de marcação, que já contra o Marítimo nos tinha custado muito caro). No resto do jogo, esteve quase sempre bem a anular as investidas sabujas de Slimani & Ca. [adenda] Foi igualmente facilitador do segundo golo, ao ficar para trás e quebrar a linha de offside, e assim acabou por colocar o argelino em jogo. 

Danilo (6): Foi para mim o melhor do Porto. Quase sempre bem na sua missão defensiva e muito voluntarioso e capaz a empurrar a equipa para a frente, através de transportes de bola "à Imbula". 

<-54' Rúben Neves (4): Provavelmente, o seu pior jogo de dragão ao peito. Muito impreciso no passe e com dificuldade em entender as movimentações ofensivas do adversário. Há dias assim, foi pena ter sido logo hoje. 

<-80' Herrera (5): A minha surpresa no onze, mas que ainda assim começou em bom estilo e fez uma primeira parte positiva. No regresso, voltou infeliz como quase todos e saiu com naturalidade. 

Corona (6): Não foi constante, mas nos melhores períodos foi dos que mais por ficou. Teve uma meia-oportunidade que desperdiçou com uma finta imprecisa. Continua a ser dos melhores a morar no Dragão. 

Brahimi (6): Foi sempre o mais inconformado, chegando ao ponto de ir junto dos centrais pegar no jogo, mas a realidade é que não conseguiu nunca ser decisivo, nem a assistir, nem a marcar. Faltou-lhe sempre o último. 

<-71' Aboubakar (4): Bem sei que a vida de ponta-de-lança é feita isto, mas confesso que se me esgota a paciência. Mais duas perdidas, a segunda escandalosa, a penalizar em demasia as probabilidades de sair deste jogo com um resultado não negativo. 

->54' André André (4): Está fora de forma e nem sequer conseguiu encaixar no jogo colectivo. Não sei se por debilidade física ou desconfiança técnica, mas o facto é que não deu à equipa o que ela precisava. Uma pequena desilusão. 

->71' André Silva (4): Não tem culpa nenhuma de ter sido lançado às feras sem um plano de caça, mas também não conseguiu construir nenhum de sua autoria. Passou pelo jogo sem deixar marca. Insisto, deixem-no sossegado a crescer na equipa B... 

->80' Tello (4): Entrou numa altura em que a equipa já estava de cabeça perdida e não conseguiu acrescentar nada de relevante. 




Lopetegui (4): Escolheu um onze que me agradou, excepto pela opção de relegar André para o banco. Mesmo assim, gostei do onze inicial. A primeira parte foi interessante e nenhum treinador tem culpa de que o seu avançado falhe duas vezes em frente ao GR adversário. Por isso mesmo, durante o intervalo reflectia que mantendo a mesma atitude competitiva, teríamos boas hipóteses de pelo menos empatar. Infelizmente, a segunda parte desmentiu por inteiro a minha reflexão. Pareceu-me acertada a saída de Rúben e normal a de Herrera. Já tirar Abou do jogo para confiar o centro do ataque a um miúdo com apenas um jogo na primeira equipa, pareceu-me duplamente errado: pela falta de estofo de André Silva e pela necessidade imperiosa de marcar para não perder. A única solução, nesse momento e fazendo questão de meter André Silva no jogo, seria fazer coabitar ambos na equipa. Eu teria optado por Tello ou Varela naquele momento e guardado o avançado para ultima substituição (a do tudo ou nada). Mas para além das substituições, o que ressalta da segunda parte é a enorme impotência do Porto para conseguir chegar ao golo. Tive quase sempre a sensação de que seria o Sporting a fazer o 2-0 em vez do nosso 1-1. E isso diz quase tudo. Mais um enorme falhanço de Lopetegui, mesmo que ponderado pelas outras condicionantes já referidas. 



Outros intervenientes: 


Impossível não relevar Slimani como o melhor em campo, pelos dois golos e pela capacidade de dar lenha a torto e a direito e não ser expulso. E claro, mesmo apesar de todas as ajudas ilícitas e jogo sujo, devo reconhecer que o Sporting foi globalmente melhor. Empurrado, mas soube aproveitar. O que não é de somenos...

E claro, o segundo homem do jogo, o bom do Hugo Miguel, que em apenas 45 minutos fez o suficiente para nos afundar. Grande exibição, grande experiência de team building, go Team Macron!


A humildade de Brahimi, curvado perante um artista maior



E pronto, aguentamos a liderança durante uma mísera jornada. Este Sporting é uma equipinha mediana, orientada para o jogo sujo e abençoada pela conivência dos árbitros. Hoje bastou uma parte Macron para nos pôr fora de combate, tal é a nossa incapacidade de recuperar e ultrapassar as adversidades.

Curiosamente, continuamos a depender apenas da nossa competência para sermos campeões. E ainda nem a meio estamos. Isto para dizer que ainda há muito para jogar e tudo para decidir. O problema não vem daí. O problema vem da impotência que vamos revelando, jogo após jogo, para nos afirmarmos como a melhor equipa de Portugal. Jogadores para isso não faltam...

Não vou voltar ao tema Lopetegui porque não mudo de opinião ao sabor do vento. Mas devo reconhecer que neste momento tenho dúvidas de que o técnico ainda o seja no final de Janeiro. É que ainda iremos disputar oito jogos antes de Fevereiro chegar. Oito. É muita chicha para tão pouca dentadura. E até JJ já faz campanha para ele ficar... Mas repito: a avaliação faz-se no fim da época. Até lá, tudo será prematuro.

P.S. - faz-me confusão a quantidade de comentários que pululam pelas redes sociais e afins apelando ao portismo e questionando a dificuldade em apoiar, ter orgulho ou mesmo em ser portista quando se perde "assim". Ou é demasiada confusão de conceitos ou é simples inexperiência. Há que distinguir treinadores, equipas e dirigentes do clube, meus amigos! Jamais se pode questionar o amor ao clube, é absurdo e indiscutível. Os que por ele passam, podem e devem ser questionados, "enxotados" se for esse o caso, mas perder ou ganhar nada tem a ver com ser portista. Ser portista é ser. Sem "ses" nem "mas". Cresçam ou calem-se, por favor.



Do Porto com Amor



P.P.S. - só agora vi com atenção os lances "polémicos" (entre aspas, porque de polémicos não têm nada, são cristalinos como a água impoluta) do Vitória-SLB e obviamente que não poderia deixar passar em claro mais um terrífica jornada do #colinho que tão bons frutos deu na(s) época(s) passada(s). Nos 75 minutos que vi em directo já me tinha apercebido da obscena dualidade de critérios nas faltas e faltinhas, daquelas que empurram uma equipa e travam a outra, mas as três grandes penalidades contra o Benfica que confirmei no resumo atingem já níveis capelescos de patrocínio ilícito. Contando com o jogo da Taça da Liga, já são dois seguidos. Cuidado que eles não andam a dormir, só andam a fazer de conta...



45 comentários:

  1. Somos o plantel mais caro do Porto, somos muitos milhões, somos New Balance, somos seleção espanhola, somos os que temos mais likes no Facebook, somos Pedro Proença, somos o museu desportivo mais visitado, somos camisolas do Casillas, somos o jogador mais caro da história do futebol português (na bancada), somos canal de televisão, somos Jorge Mendes, somos o equipamento mais bonito da fase de grupos da Champions, somos 457M da MEO!

    Somos tudo!
    Somos tudo menos Porto!!

    A vergonha a que isto chegou...
    Bruno Ramos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É fácil por tudo em causa quando não se ganha, mas muito difícil fazer com que se ganhe. Quem ainda dirige o clube é o melhor de sempre "na sua posição" e isso merece-me respeito e credibilidade.

      E tudo o que é mencionado é realmente positivo, quem não conseguir ver isso está a precisar de óculos e talvez de algo mais...

      Falta "apenas" o essencial, o motivo da existência de um clube como o nosso: ganhar títulos.

      Mas uma coisa não deve colocar em causa as demais, que sendo "acessórias" são igualmente fundamentais.

      Abraço portista

      Eliminar
  2. Não é que ver uma equipa sem qualquer evolução em dois anos não me incomode, porque incomoda e muito - por mim o Lopetegui saía imediatamente -, mas pior que isso é ver quem tem de tomar decisões escudar-se por trás da desculpa que nunca o FC Porto foi campeão mudando de treinador a meio de uma época. Será que ninguém se pergunta se as trocas no passado foram feitas em tempo útil?
    Falta tudo a esta equipa, desde a indispensável vontade de ganhar até ao ser uma equipa propriamente dita. O FC Porto vive das individualidades e só não vê isso quem não vê os jogos.

    ResponderEliminar
  3. Hoje é fácil fazer uma análise a frio do jogo porque tive tempo de pensar nisto calmamente durante a 2ª parte e não me custa dizer que hoje ganhou a equipa que tem mais objetividade, que tem mais fio de jogo, que sabe o que quer fazer em campo e como o tem de fazer e ganhou a equipa que mais soube jogar como equipa. O Sporting é um coletivo com uma ideia clara de jogo, o Porto são individualidades que não conseguem começar a acabar uma jogada com cabeça, tronco e membros. E hoje isso foi tão evidente, que a derrota não sofre qualquer tipo de contestação.
    E vamos a factos. O que era espectável antes deste jogo era que o Porto não ia vencer a Alvalade, que a liderança provavelmente ia passar novamente para o Sporting e o que é certo é que foi isso mesmo que aconteceu. O primeiro lugar veio e foi tão rapidamente, que nem deu para lhe sentir o sabor. É mais um resultado negativo, que nada decide mas que ajuda os adversários a ganharem moral e a arrepiarem caminho. E adivinhem que foi o grande derrotado desta jornada?
    "O Lotopegui dá cabo de vocês", podia ler-se numa tarja do nosso adversário no fim do jogo. É tão óbvio, que toda a gente vê. E assim vai o nosso Porto...
    Ricardo Oliveira

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A superioridade do Sporting no jogo não sofre contestação, mas tem uma história por detrás que eu não poderia fazer de conta que não existiu. Pelo menos, aos meus olhos.

      Eu esperava no mínimo não perder. No mínimo. Falhámos, mais uma vez. Pelo que só posso concordar com a sua análise e conclusão.

      Abraço portista


      Eliminar
  4. "Faz-me confusão a quantidade de comentários que pululam pelas redes sociais e afins apelando ao portismo e questionando a dificuldade em apoiar, ter orgulho ou mesmo em ser portista quando se perde "assim". Ou é demasiada confusão de conceitos ou é simples inexperiência. Há que distinguir treinadores, equipas e dirigentes do clube, meus amigos! Jamais se pode questionar o amor ao clube, é absurdo e indiscutível. Os que por ele passam, podem e devem ser questionados, "enxotados" se for esse o caso, mas perder ou ganhar nada tem a ver com ser portista. Ser portista é ser. Sem "ses" nem "mas". Cresçam ou calem-se, por favor."

    Grande Lápis.
    Inexperientes!?! (até poderão ser, já que são portistas à meia dúzia de meses)...eles são é JJs.

    ResponderEliminar
  5. Segundo o presidente, o "Lopes" está aí para pôr o FC Porto no 1º lugar, nem que seja em Maio.

    Tivemos, uma liderança colada a cuspo por uma equipa sem consistência, um treinador incompetente e sem carisma e uma SAD sem ideias, putrefacta.

    É isto. Estão todos a "Sentir +", mais uma vez, não é?... Venha lá um adiantamento da MEO

    ResponderEliminar
  6. O acordo com a NOS foi bom, mas o acordo entre Pinto da Costa e Lopetegui é sem dúvida o melhor acordo que o Sporting alguma vez podia pedir.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pode ser que alguém rasgue mais alguma coisa, à boa moda calimera

      Eliminar
  7. Eis a explicação dos Zelotas para a nossa derrocada. A culpa é dos adeptos e do André Silva

    «VERGONHA DE ADEPTOS QUE PREJUDICAM O PRÓPRIO CLUBE, TENHAM VERGONHA NA CARA!!! Claro que não gostei de perder, mas daí aos lenços e assobios vai uma grande distância. Começou a palhaçada, sentiu-se imediatamente instabilidade nos jogadores. Vocês são também responsáveis pela derrota, a equipa a precisar de apoio após o dissabor do 0-1 e estes idiotas ajudam a cavar a sepultura. No jogo anterior foi o André Silva, quiseram o menino e tiveram-no neste jogo, no qual falhou golos cantados!!! Não há salvadores individuais que ganham, há equipas, adeptos e clubes que ganham!!! É a união ou falta dela que vai determinar o nosso destino a curto prazo. Se não gostam do espectáculo, do futebol apresentado pela equipa, por que caralho vão ao estádio? Fiquem em casa!!!»

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se Lopetegui promove a desunião, como é que pode haver uma equipa. Ele há cada um

      Eliminar
  8. Isto do Porto ter o Lopetegui no banco até é engraçado, mas agora a sério, quando é que chega o verdadeiro treinador?
    Fábio Andrade

    ResponderEliminar
  9. CARTA ABERTA A IKER CASILLAS
    Iker, desculpa-nos. Os adeptos e sócios do FC Porto que admiram a tua postura, a tua simplicidade, a tua humildade, pedem-te desculpa. Quando tomaste a decisão de vir para o nosso clube estamos certos que não esperavas esta vergonha. E nós, adeptos e sócios, não esperávamos que fosse esta vergonha que te tinhamos para oferecer.
    A tua carreira merecia mais que isto. Era certo que sabias que o FC Porto não era o Real Madrid. Não poderia ser um Real Madrid no campeonato português. Mas era até há pouco tempo um clube que nos orgulhava e te podia orgulhar a ti.
    Até há pouco tempo o FC Porto não nos envergonhava mesmo quando perdia. Agora envergonha-nos até quando ganha.
    Está junto ao banco da equipa (não digo senta-se no banco porque raramente se senta, assim como não podemos dizer que orienta a equipa, porque só a desorienta) um compatriota teu. Ele não esteve cá sempre.
    Antes dele tivemos grandes treinadores e treinadores sofríveis. Antes dele tivemos equipas com jogadores crescidos em vilas de pescadores e que ganharam titulos europeus. Tivemos alguns craques e artistas da bola que se fizeram grandes no mundo do futebol. E com isso ganhámos e perdemos. Jogámos bem e jogámos mal.
    Mas nunca tivemos um tão grande desperdício de talento.
    A culpa não é tua, Iker. Nem de nenhum outro jogador.
    Tu sofres golos porque a equipa está completamente desnorteada. O Maicon entrega a bola aos adversários, o Brahimi agarra-se a ela como se fosse só dele, o Imbula (o tal que valia 22 milhões) não acerta uma, o Aboubakar não acerta na baliza, o Bueno parece malo, o Sérgio Oliveira esfumou-se, o Tello não joga patavina, o Herrera parece que desaprendeu, o Martins Indi já não é um titular da selecção da Holanda mas é apenas um tipo que nasceu no Barreiro.
    A culpa não é deles, nem tua, Iker. São todos bons jogadores, mas para jogarem contra 11 têm de ser uma equipa. Não podem ser um conjunto de gajos desenrascados dentro do campo. Quando uma equipa é forte e rotinada, os erros individuais são absorvidos. Quando uma equipa é fraca e esquizofrenica, espera-se que um rasgo individual resolva. E têm sido tantos rasgos individuais a resolver. Algumas defesas portentosas por ti, Iker. Algumas jogadas fabulosas do Brahimi, Alguns passes de génio do Ruben. Alguns golos de raiva do Aboubakar. Algumas fintas do Corona. Acima de tudo, alguma raça do André André, mais um pescador. Mas isso não é uma equipa.
    Junto ao banco temos um tipo que grita, esbraceja, gesticula. Logo a partir dos 30 segundos de jogo. Como se afinal tudo o que vos mandou fazer quando planeou o jogo estivesse mal. E está sempre. Sempre mal. E grita. Manda fazer não se sabe o quê. ...

    ResponderEliminar
  10. ...
    Muda tudo, E volta mudar. Não apenas no jogo seguinte, mas durante o jogo. Várias vezes. Porque nenhum de vocês percebe o que ele quer. Nenhum de vocês se desmarca. Nenhum de vocês parece correr. Nenhum de vocês parece já lembrar-se de que para que serve uma baliza.
    Valha-nos que o homem é teu compatriota e tu deverias conhecê-lo melhor que nós. Compatriota não sei, é basco. Estou certo que nunca desejaste tanto a independencia do País Basco como agora. Preferias que ele não fosse espanhol. Para que não digam, que queres Casillas? Ele é espanhol como tu. Espanhol não!, deve apetecer-te responder, Basco! Livra...
    Antes quando perdiamos, tinhamos treinadores em quem viamos fúria nos olhos e que sabiamos que a próxima equipa ia pagá-las. Sabiamos que não perdiamos duas vezes seguidas. Sabiamos que os jogadores saíam de campo como se lhes tivessem pegado fogo à casa e roubado tudo o que tinham. Sabiamos que no próximo jogo ganhavam. Sabíamos que o adversário seguinte tinha medo.
    Hoje toda a gente se habituou ao discurso ridiculo da “ilusión”. Temos ilúsion que vamos ganhar. Temos ilúsion. Lopetegui devia saber que ter a ilúsion em português tem um significado diferente. Não é um sonho, é mais uma utopia. Seja como for, antes no FC Porto não tinhamos ilusões. Tinhamos certezas.
    Talvez agora também as tenhamos. Temos a certeza que isto não é o FC Porto, Iker, que planeámos dar-te. Acredita-nos.
    Carlos da Maia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tudo muito bonito, excepto numa pequenina coisa: o Porto não é subserviente com ninguém, muito menos para com um jogador seu funcionário.

      Querem escrever cartas a Casillas? Vão para a porta da casa dele e entreguem-na em mão, a título pessoal, deixando o nome do meu Porto de fora.

      Não tenho pachorra para este tipo de bajulação, mesmo que o objectivo seja claramente outro.

      "A tua carreira merecia mais que isto"? Vão para o raio que vos parta, e levem a carreira do Casillas convosco! Aprendam a respeitar o clube.

      Eliminar
    2. Caro Lápis, se o Lopetegui só fala por Lopetegui e o Oporto é acessório, como é que se pode exigir aos sócios, simpatizantes, que respeitem o clube?

      Eliminar
    3. A relação que conta, a única relação que interessa, é a dos adeptos com o clube. Está acima de tudo e deveria ser "sagrada". Tudo o resto são personagens passageiras, de maior ou menor duração, mas sempre passageiras.

      É isto que muita gente está a misturar e confundir e isso irrita-me, confesso.

      Eliminar
    4. E logo o Casillas, que na Champions não esteve à altura e nos pôs a jogar a Liga Europa.

      Eliminar
    5. Obviamente discordo em absoluto. O Casillas é tão culpado como qualquer outro jogador e muito menos do que o treinador.

      Eliminar
  11. Um dia eu partilho as minhas preocupações. Mas hoje não é esse dia. Os dias das derrotas são sempre momentos de bater no peito e dar fogo à revolta. Para se ganhar a seguir. Ora, afinal partilhei uma preocupação...
    Ou seja, são dois pontos, recuperam-se já a seguir. Ou daqui a uma volta. Bora lá!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Começa-me a doer o peito... deve ser das "negras".

      Eu entendo que se mantenha fiel à sua "cegueira" até ao fim, mas neste momento nada indicia que se venha a salvar o que quer que seja deste terrível naufrágio.

      Mas sim, como sempre, eu acredito. Até que deixe de ser possível. Ou que se concretize.

      Eliminar
    2. A mim também dói. Sem expiação, ainda por cima.

      Eliminar
    3. Caro Silva, o modelo de jogo do Porto, o famoso "Lopetetris" doí a ambos "os dois". Oh se dói.
      Mas uns, nessa viagem psicadélica, só vêm virtudes e aí está Keith Richards, comóaço para o comprovar. Outros acham que a coisa pode acabar em Père-Lachaise, como Jim Morrison, precocemente.

      Eliminar
  12. Como o DRAGÃO está no bom caminho, só resta aos PORTISTAS como eu, esperar pelo dia da eliminação da Taça de Portugal para fecharmos com chave de ouro a época.
    O MEU, O TEU, O NOSSO FCP, necessita de SANGUE NOVO na sua Direcção.
    O Presidente JORGE NUNO está cansado, deixem-no descansar.
    Um NOVO LÍDER É PRECISO.

    Luís (O do Nuno Espírito Santo, Pedro Martins, ou Lito Vidigal)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Apesar de estarmos em queda livre, ainda não nos esborrachamos contra o solo dos sem títulos.

      O Porto pode até precisar de muita coisa, mas neste momento precisa mesmo é de ter os portistas à sua volta. O resto, a seu tempo.

      Abraço portista

      Eliminar
  13. Caro LAeB

    Por viver longe do meu lugar sagrado enquanto Portista, o Estádio do Dragão, refugio-me no meu imaginário Muro das Lamentações não para orar, porque acredito que Deus tem mais que fazer do que imiscuir-se em "futebóis", mas sim para expressar o desejo de não perder a crença numa Época com um final feliz para o nosso FC Porto. É o que me resta.

    Um abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Vai ser um longo inverno... até que volte a fazer sol.

      Um abraço

      Eliminar
  14. Iniciando por aquilo em que nunca estaremos de acordo e que sou infinitamente minoritário entre os portistas. Jogar com Ruben Neves e André André a titulares, nunca poderemos ser candidatos a nada a não ser a lutar pelos lugares da Europa. Digo mais, esses jogadores não têm lugar de caras, num Paços de Ferreira, Nacional da Madeira, Braga ou Maritimo. O futebol inevitavelmente é feito de comparações. Veja o tal Renato Sanches, que ainda não é grande espingarda, mas assume o jogo, é capaz de rematar mais à baliza adversária em dois minutos que estes dois atletas em 3 jogos. Os nossos escondem-se, encostam-se a colegas e adversários, para que o jogo lhes passe ao lado. Claro que têm sempre a desculpa da falta de organização cuja responsabilidade é do treinador, mas de qualquer forma exige-se muito mais.
    No que concordamos. Os jogadores até entraram bem no jogo, Brahimi e Corona a colocarem em sentido a lagartada. Danilo e Herrera a darem luta à superioridade numérica do meio campo adversário, já que Ruben estava escondido e tinha de ser Danilo e os centrais a iniciarem a organização ofensiva do Porto. Sofremos o golo duma falta inexistente, por erros de quem? (Não lhe sei dizer, não sei se marcamos à zona, homem a homem ou misto). Responsabilizo o treinador, claro. Isto treina-se e o adversário não é um ilustre desconhecido. No entanto, até ao intervalo, até acho que o resultado era algo injusto.
    A 2ª parte é um chorrilho de asneiras com que este treinador já nos brindou desde que cá chegou. Substituições estapafúrdias, mexidas no posicionamento que não lembram ao diabo (chegamos a jogar em 4-1-5, com Danilo sozinho a meio campo)auto estrada para os contra-ataques do Sporting e nem uma oportunidade de golo.
    O Homem está nitidamente perturbado, precisa urgentemente de tratamento e se não é capaz de se demitir, alguém tem a obrigação de o fazer.
    Aquelas conferências de imprensa só podem ser de alguém que se julga o centro do mundo e que está completamente desequilibrado.
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. De facto, discórdia total quanto a esses dois jogadores. O que é bom, para não sermos todos iguais. Efectivamente, André e Rúben não estiverem bem neste jogo, ao contrário do que se passou em quase todos os outros em que participaram.

      O lance do primeiro golo tem a agravante de ser semelhante ao primeiro do Marítimo, difícil de conceber numa equipa concentrada e confiante no que está a fazer. A segunda parte foi realmente um caos organizado, absolutamente ineficiente, à espera do golpe final que chegou com o segundo golo.

      O homem está igual a si próprio, mas de crista mais baixa. Agora nem os árbitros lhe valem para justificar a sua incapacidade. Veremos se se comporta como um Homem e assume o barco até ao fim, com todas as suas forças. Se o fizer, talvez mereça o meu respeito, ainda que nunca a minha aceitação enquanto nosso treinador.

      Abraço portista


      Eliminar
  15. CARTA AO PRESIDENTE DO F.C. PORTO

    Exmo. Sr. Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa,
    Escrevo-lhe esta carta na perspetiva que lhe possa a chegar. Obviamente gostava que a mesma me fosse respondida, mas deixo essa ação ao seu critério. O momento que a nossa equipa principal de Futebol atravessa é no meu entender crítico, e como tal, esta carta debruçar-se-á totalmente sobre esse assunto.
    Não entrarei no caminho fácil dos insultos ou das opiniões inflamadas pelos resultados obtidos nas últimas semanas. Reconheço que o Sr. Presidente, tem tido um desempenho extraordinário no comando do nosso Clube, e que continua a ser o exemplo de Paixão, Dedicação e o principal transmissor da tão famosa Mística Portista. Embora nos últimos tempos, está mais afastado da sua imagem presente, interventiva e atenta a tudo o que o rodeia, e como tal, pretendo apenas colocar algumas questões:
    - Sr. Presidente, o que posso esperar dum treinador principal que após um ano e meio de consecutivos insucessos, mantém a mesma atitude e mostra não aprender ou melhorar?
    - O que posso esperar dum treinador que após as derrotas encontra desculpas ridículas ( “temos mais pontos que o ano passado”)?
    - O que posso esperar dum treinador do Futebol Clube do Porto que antes de todos os jogos (contra o Feirense, Nacional ou Marítimo, por exemplo) diz que vai ser um jogo muito difícil e contra uma grande equipa, sem que assuma a grandeza do FC Porto?
    - Em resumo, o que posso esperar de diferente de um treinador que há um ano e meio faz tudo igual?
    - Se o FC Porto, mudar agora de treinador principal, o que de pior que o ano passado (que não ganhamos qualquer título) pode acontecer?
    - O que posso esperar dum Presidente que há um ano e meio apresenta a mesma postura (não sendo esta, a que sempre me habituou)?
    - E por último, o Sr. Presidente que sempre disse que a Grandeza do Clube tem que ser assente nos resultados desportivos, mantém a mesma estratégia? Valem mais as Vitórias ou os Milhões? Se mantiver esta estratégia posso esperar no final da época 2015/2016 outras vitórias que não os resultados financeiros?
    Agradeço o tempo que possa dispensar com esta carta, na certeza que o Sr. Presidente continuará a saber o que é o melhor para o nosso amado Clube.

    Melhores cumprimentos,

    Votos de um 2016 cheio de Sucessos Desportivos
    Sócio nº 69643

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Imagino que por estes dias chovam cartas destas a cântaros no Dragão. E também imagino que tenham quase todas o mesmo destino. Mas agora é fácil cavalgar a onda da contestação e objetivamente, não vejo nada que esta possa trazer de positivo para esta época desportiva. Tipicamente português, estar do lado da maioria a fazer barulho.

      Faço eu uma pergunta a quem agora escreve estas cartas: onde estavam no final da época passada?

      Eliminar
    2. Pois é caro LAeB, há gente que só vê que está a chover quando se molha...
      O que em abono da verdade não é o nosso caso, nem o dito anónimo que julgo perceber quem é mas não o digo...

      Eliminar
    3. Se sabe quem é, já sabe mais do que eu :-)

      Eliminar
  16. "onde estavam no final da época passada?"
    Honra lhe seja feita. Foi dos poucos com coragem para denunciar a incompetência deplorável do basco logo após Munique. Quase foi linchado, pelos Zelotas e banido do Tupperware inviolável em que se organizam ao estilo de seita. Veja os insultos que foram sujeitos os "exigentes" nessas tertulias Lopeteguianas. Está dificil ser Portista.
    Abraço e esperança

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não foi coragem, foi convicção. E como preferia não a ter...

      "Está dificil ser Portista." Esta frase vai-me dar para um post inteiro. Porque na realidade não concordo com ela. Tenho um sentimento contraditório mas de certa forma libertador quando não ganhámos, porque me reafirmo sempre e cada vez mais portista...

      Eliminar
  17. Lapis,
    Como diz, o Indi foi so o segundo culpado no primeiro golo, ja que a ridicula marcacao HxH em bolas paradas sera o principal problema (porque o treinador nao tem qualidade para mais).
    Mas tenho que deixar um reparo - no segundo golo, o Indi tem nuitas mas muitas culpas... repare no posicionamento... Os colegas de sector estao a formar uma linha (como devem) e o Indi esta 3 metros atras a por o Slimani em jogo... Ele nao percebe um boi de posicionamento e merece o treinador que tem...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, tem razão caro pancas (seja bem regressado), em directo fiquei com a sensação de que poderia ter sido o Danilo, mas não foi. E assim sendo, Indi fica mal nos dois golos.

      É para mim um caso paradigmático de um central com potencial (não para ser fora-de-série, mas um bom central) que não tem sido trabalhado. Mais um.

      Eliminar
  18. Pancas, com Oliveira como treinador, seria Jardel a marcar Slimani, com VP seria Jackson, com Lopetegui é....dá-se um prémio a quem adivinhar

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Anonimo, o problema para mim nao e o facto de nao se saber quem marca quem... o problema e que estamos em 2016 e este treinador ainda acha que deve haver um jogador X a marcar um jogador Y em vez de tudo ser feito de maneira zonal com referencias apenas a bola, colegas e baliza.... Porra, ate nas distritais ja se torce o nariz a marcacoes individuais...
      Com VP nao era Jackson a marcar ninguem especial, mas sim a cobrir a zona atribuida a ele, fossem quais fossem os adversarios que la calhassem...

      Eliminar
  19. Despedir treinadores nesta altura do campeonato é para amadores.
    - Real Madrid despede Benitez e contrata Zidane! -
    Estes espanhóis são mesmo DEFs. (Perdão, espanhóis não, Nuestros Hermanos, senão somos acusados de xenófobos).

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O Real Madrid não é (bom) exemplo para ninguém, pela sua singularidade.

      Logo veremos o que vai o Real ganhar com esta troca. Presumo que nada. Mas o seu presidente sabia que não se aguentava se não desse circo ao povo. Se calhar é isso que nos falta às vezes, ter vários candidatos e ex-presidentes prontos a assaltar o poder... ou então não.

      Eliminar

Diga tudo o que lhe apetecer, mas com elevação e respeito pelas opiniões de todos.