Dia de jogo: Varzim SC - FC Porto (0-2)

domingo, 18 de outubro de 2015

Dia de jogo: Varzim SC - FC Porto (0-2)


Missão cumprida. E mais umas coisas.


Um vislumbre de outrora

Que bom foi regressar à Póvoa para ver futebol.

Mesmo apesar da hora ridícula e do tempo agreste (ainda assim, não tão mau como se temia), soube-me bem.

Tal como ver a malta da claque do Varzim a cumprimentar amigos que estavam na nossa bancada e vice-versa. Desencontros ocasionais e efémeros. E os nossos ultras apoiar a equipa durante todo o jogo. E a malta genuína que me rodeou na bancada, gente que já raramente encontro no Dragão. Portistas poveiros ou das cercanias, que só nestas ocasiões vão à bola. Mas nem por isso menos exigentes, garanto-vos eu.

Ah, e houve um jogo pelo meio.

Um jogo que controlamos de principio a fim e sem grande dificuldade. O Varzim apresentou-se compacto e lutador mas demasiado tolhido pelo respeito. Uma espécie de oportunidade foi tudo o que conseguiram. E assim sendo, a nós bastou-nos não cometer erros de palmatória e ir procurando a oportunidade para fazer o golo. Que surgiu aos 20 minutos, numa bela combinação Bueno - Tello. Antes e sobretudo depois, várias oportunidades para fazer mais. Na segunda parte voltamos mais amorfos mas sem perder o total controlo da partida (tanto quanto é possível com apenas um golo de vantagem). O segundo chegou já perto do fim mas não por falta de oportunidades. O nosso Johnny Depp esteve desastrado ontem e só por isso se explica um resultado tão curto. Quem não foi de sentimentalismos foi André, que de regresso a casa marcou logo à primeira oportunidade.  Por último, estranhei que Lopetegui não esgotasse as substituições num jogo controlado, nem que fosse após o segundo golo. Mas passou-se assim, sem sobressaltos.

Águas calmas, portanto. Fosse assim o mar que os bravos poveiros da faina enfrentam diariamente e as suas vidas seriam um paraíso. A todos eles, uma singela homenagem.


Festejos no golo de André aos 79'


Notas DPcA: 


Helton (6): Regresso tranquilo mas seguro do Zé do Violão. Nas poucas vezes que foi chamado ao jogo, fê-lo bem. Gostei de te rever, abraço.

Layún (6): Um jogo discreto com ou e outro erro de posicionamento. Boa disponibilidade ofensiva mas com pouca eficácia. Arriba. 

Cissokho (6): Regresso após a travessia do oceano (diz que veio a nado da Madeira) que saúdo mas que não lhe saiu como por certo desejaria. Menor fulgor ofensivo do que lhe conhecemos e alguma atrapalhação com a bola nos pés.

Martins Indi (7): O verdadeiro pronto-socorro em 3 ou 4 situações em que os companheiros se distraíram, anulando com autoridade lances de potencial perigo. De resto, continuo a achar que se a cabeça funcionar em contínuo, tem tudo para ser o nosso melhor central. Prove me right, Bruno! 

Lichnovsky (5): O acerto do seu parceiro correspondeu ao seu desacerto. Demasiadas bolas mal endossadas e posicionamentos incorrectos face aos adversários. Entende-se algum nervosismo pela estreia, bem como falta de entrosamento com os companheiros, mas não pode repetir a graça em futuras oportunidades, sob pena de ser enviado para o gulag do esquecimento. 

Imbula (6): Começou a trinco sem parceiro e não parece ter gostado muito. Ou pelo menos o jogo não lhe correu bem, com muitas imprecisões no passe e algumas más decisões. A partir da entrada de Danilo deu a sensação de ter serenado, mas também não acrescentou muito mais ao jogo.

<-78' Evandro (6): Desde o início do jogo um dos mais trabalhadores, com bola e sem ela, mas nem sempre esclarecido. Logicamente que tem a atenuante de não ter ritmo e nesse contexto, tem de ser considerada positiva a sua exibição. Curioso para mim foi reparar na sua movimentação corporal, que em muitos momentos me fez lembrar... o saudoso Alenichev. 

Bueno (8): Muito bem Seu Alberto! Foi a primeira oportunidade que tive de o ver jogar 90 minutos num jogo competitivo e gostei bastante das indicações que deixou (ou se preferirem, confirmou face aos jogos de pré-época). Jogou simples mas com inteligência e fez aquela primorosa assistência para o primeiro do jogo. Não só se apresenta como uma solução válida mas também diferente, para quando o jogo pede outra melodia. Espero que mais alguien lhe tenha detectado esta capacidade...

Melhor em Campo Tello (8): Uiiii... ainda bem que ninguém me lançou um desafio do tipo "queres apostar que o Tello vai ser o melhor em campo?", porque ontem tinha perdido bom dinheiro. Perante as suas características normais e também um cenário metereológico que ameaçava a planura do relvado, jamais imaginaria tal desfecho. Felizmente que nem uma nem outra se concretizaram e o jovem Cristian fez um belo jogo coroado com um bom golo. Mas foi mais do que isto, porque (sentem-se p.f.) lutou pela bola e até... ganhou lances, recuperando a bola! Uau! Mia san mia? Nem sempre! 

<-64' Varela (5): Assim não vais lá, Silvestre. Não é que não queiras, mas... falta intensidade e consistência. Não podes estar sempre a desaparecer do jogo. E quando reapareces, não podes ser tão pastelão. Falta-te atitude e isso é muita coisa a menos. Vá lá, tu consegues. Pensa naquela assistência brilhante que afundou a barcaça encarnada e inspira-te para segundas doses!

The Curse of the Black Pearl ?

Osvaldo (5): Jogo para esquecer. Um avançado tem várias funções em campo mas a primordias será sempre a de fazer golos (ou assistir, pelo menos). O hombre ontem esteve claramente em dia no, desperdiçando pelo menos 4 ocasiões claras de golo (uma delas... ai senhores...). Teve também azar de lhe terem anulado à nascença os dois golos que marcou (um bem, mas no outro parece em linha...). Como registo positivo, a sua entrega ao jogo desde o primeiro até ao último apito. E foi mesmo isso que lhe garantiu uma nota menos má. De resto, total confiança de que voltará em pleno já na sua próxima oportunidade. 

->64' Danilo (6): Entrou para a sua posição natural, sem nada de relevante a registar. Cumpriu, portanto.

->78' André (7): Entrou tarde mas decidido a resolver de vez a eliminatória. Guerreiro como é seu timbre até ao golo da tranquilidade. Continua em alta e ainda bem. 


Lopetegui (6): Lançou em campo uma equipa quase nova, em minha opinião demasiado nova. O jogo deu-lhe razão, porque correu bem e ganhámos, mas nada garante que numa próxima eliminatória os dados saiam da mesma maneira. Durante o jogo, mexeu na equipa sem a pressão de um resultado desfavorável e nem chegou a esgotar as substituições, o que não é fácil de compreender mesmo com o Maccabi à porta. Se Sérgio Oliveira estivesse no banco, não teria entrado?



Outros intervenientes:


Uma pequena desilusão a equipa do Varzim. Não deixaram de correr e lutar mas sempre e apenas para evitar males maiores na sua baliza. Nunca quiseram sequer atrever-se a discutir a eliminatória. Um lance de perigo na primeira parte foi tudo o que se viu em termos ofensivos. É pouco. 

Arbitragem tranquila porque os jogadores também não complicaram, mas para a posteridade ficam alguns lances de relevo mal ajuizados, com destaque para foras de jogo mal assinalados e um penálti por braço na bola (o árbitro terá interpretado como não influente no desenrolar do lance mas parece-me que mal).

Segue-se o jogo com o Maccabi, importante para dar mais um passo rumo a um apuramento sem sobressaltos.


Do Porto com Amor



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