O patrocínio segundo Faisal

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O patrocínio segundo Faisal


Rebuscada abordagem à questão pendente do sponsor das camisolas (e quem sabe se de algo mais).




Fazendo fé no "evangelho programático" do hilário Mestre Faisal - também conhecido na Amadora Antiga como Abel, o Xavier - que teve a inesquecível epifania que nos permitiu ficar a saber que "o TREINADOR é aquele que TREINA a DOR", devendo ainda ser um LUTADOR (que luta com a dor) e um VENCEDOR (que vence a dor), podemos extrapolar para a questão premente que titula este post:


PATROCINADOR é aquele que PATROCINA a DOR.

Brilhante, não é?

Ora, como nós dores já vamos tendo de sobra, desde o colinho dos outros à incompetência própria, a que se somam agora os assobios injustos que nem a sonolência que nos envolve a cada partida consegue adormecer, está assim explicada a ausência de patrocínio nas nossas camisolas!  


Naturalmente que a questão será vista de forma diferente conforme o tipo de pessoa:
 
O PURIFICADOR: Ah que eles sabem o que fazem 
O NEGOCIADOR: Ah que estamos a negociar o mais fabulástico contrato de sempre
O RECRUTADOR: Ah que decidiram esperar até fechar o mercado para ver a que país íamos "sacar" o sponsor
O NEGADOR: Ah que mais vale não ter do que aceitar tostões
O MATADOR: Ah quero lá saber do patrocínio, quero é ser campeão!
O GOZADOR: Ah mas são verdes

Excluindo a última, para mim todas as demais são plausíveis, mas nenhuma desmente o facto de até ao momento não ter sido anunciado nenhum contrato de patrocínio.

Não estou sequer a tecer uma crítica, porque tenho consciência da realidade em que vivemos. Tenho a certeza que se estivéssemos dispostos a aceitar o que já nos ofereceram, há muito que teríamos um nome na camisola. Se não temos, é porque a nossa direção acredita que pode conseguir mais e melhor

É uma estratégia com a qual tendo a concordar, partindo do pressuposto (que não sei se é verdadeiro) que nos podemos "dar ao luxo" de correr o risco de passar uma época sem o correspondente encaixe financeiro.

Mas em todo o caso, é uma realidade nova e que não deixa igualmente de me causar estranheza e algum desconforto. Esperemos para ver.


P.S. - e já agora, desde que tive contacto com o Mestre, dediquei-me a ser DADOR, ESBANJADOR, ENGANADOR e até CANALIZADOR. Tudo à luz dos seus ensinamentos, claro está...


P.P.S. - quando será que nos transformamos num país evoluído e temos a coragem de tomar decisões como esta? É que a nossa é tão, mas tão feia, que até dói (pelo que dava jeito um TRATADOR).



Do Porto com Amor (mas sem PATROCINA A DOR)



6 comentários:

  1. Abel Xavier é o ser mais mítico de todos os tempos.

    Quanto ao patrocínio: forma engraçada de abordar a questão. Aproveitando o seu raciocínio, diria que estou na classe do 'Acreditador'.

    Acredito na competência da SAD para tratar o assunto, até porque a bola está do lado de quem quer ver o seu logótipo a passear nos oitavos/quartos da Liga dos Campeões.

    Abraço, Lápis.

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    1. Também é plausível!
      Mas que estamos a 2 de Setembro e não temos patrocinador, é inegável.

      Quanto a ver a putativa marca nos quartos da champions, quem sabe... pode ser uma marca que também patrocine outras equipas :-)

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  2. Estou a gostar de ver as sagradas camisolas com a frente e costas imaculadas!!!!
    Aliás aproveito mesmo este momento até que um dia surja um patrocina a dor com o nome estampado no cú dos calções!!!

    Não acho a nossa bandeira feia. Apenas as cores é que deveriam ser outras....

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    1. Em termos de beleza, é indiscutível que a camisola é sempre mais bonita sem nada por cima. O problema é o que isso nos custa... Se houver deslocação para os calções, como chegou a acontecer no hóquei, talvez a Renova aposte em nós...

      Eu gosto muito da bandeira monárquica, vá-se lá saber porquê... esta soa-me sempre a uma qualquer ditadura pós-revolucionária africana, se é que me entende.

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  3. A dificuldade em arranjar patrocinador é directamente proporcional com a dificuldade em contratar Lucas Lima.
    Não sei que línguas aprendeu a Directora de Marketing no Instituto Superior da Maia, mas que está com dificuldades, lá isso está.
    Ou então, ao contrário do que dizem os zelotas, a nossa carreira europeia não foi assim tão famosa como querem fazer crer e levar 6 numa Liga dos Campeões, afasta de imediato alguém que não se revê em ver o seu nome associado a humilhações dessa natureza.
    Sem dúvida a bandeira monárquica, mas isso nem se discute.

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    1. Está a ser mauzinho agora..

      Quanto à senhora em questão, nem sei quem é, quer ter a honra das apresentações?

      E em relação aos 6 de Munique (a que assisti ao vivo...), foi mau de mais para ser verdade, mas acontece a todos (todos, sem excepção - encontre um que não tenha uma destas no CV...). Não creio que haja relação directa entre as duas coisas, mas provavelmente o caro Anónimo também não. Será ainda uma catarse da hecatombe, a que me associo sem hesitar...

      Um abraço portista

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